"A natureza é sábia e justa"

Rios

 

Ecossistema onde há um conjunto de características físico-químicas e que tem um conjunto de seres vivos que se alimentam de alguma forma.

 

Origem da matéria orgânica dos rios:

                Alóctone (externa)

                               *Zona com muitas árvores em volta do rio, logo a queda das folhas, galhos e frutos que ladeiam o rio tem muita influência na

                               matéria orgânica deste rio.             

                               *Corrente muito rápida.

                Autóctone (interna)

                               *Maior produção de matéria orgânica dentro do sistema (algas)

                               * Menor quantidade de rocha

                               *Menor corrente; água limpa

                               *Rio mais largo

                               *Vegetação menos densa; mais longe do rio – a luz penetra mais facilmente, logo há maior produção de matéria

                                orgânica por  fotossíntese

                               *A vegetação em volta tem também influencia na matéria orgânica, mas essa tem uma menor influência para a matéria orgânica do

                                que no caso anterior.        

______________________________________________________

Os detritos orgânicos que entram nos rios sofrem decomposição.

                As folhas entram em decomposição que é um processo complementar à fotossíntese – permite formar matéria inorgânica a partir de matéria orgânica.

                Decomposição – Matéria orgânica – matéria inorgânica

                Fotossíntese – Matéria Inorgânica – matéria orgânica

 

_______________________________________________________

Bacia hidrográfica

Na cabeceira é um rio estreito, rápido, com poucos nutrientes, com muita vegetação, logo 1ª ordem.

Quando dois rios da mesma ordem se juntam, o curso de água resultante passa a ser de ordem imediatamente superior.

 

 

 

  Teoria do Rio Continuum

 

 Vannote(1980) explica-nos como funcioa o rio desde a nascente até à foz. É um modelo que como qualquer modelo não significa que funcione sempre da mesma maneira.

 

Cabeceira (fase inicial do rio)

                - Matéria orgânica alóctone

                - Vegetação densa

                - Processo predominante é a respiração em relação à produção primária

                                               PP/respiração < 1 (R>P)

                - Rios oligotróficos (pouco nutritivos)

 

                - Matéria Orgânica Particulada Grosseira (CPOM)

                               *Detritivoros

                                               - Trituradores

                                               - Colectores de depósito

Troço médio do rio

                - Matéria orgânica autóctone

                - Rio mais largo, vegetação menos densa

                - Produção primaria ganha importância

                                               PP/respiração > 1 (P>R)

 

                - Materia orgânica particulada fina (FPOM)

                               *Raspadores/filófagos (alimentam-se de algas)

 

Zona final do rio

                - Aumenta a profundidade

                - Luz não chega a todos os organismos – produção primaria diminiu

                - Matéria orgânica aloctoe

               - Respiracao ganha importância e relacao à producao

                                               PP/respiracao<1 (R>P)

 

               - FPOM

                               *Colectores filtradores (FPOM que está na coluna de agua)

               

               

Estrutura e funcionamento de um ecossistema de rio

                1 - Sol transmite energia para as plantas de solo (produtores) - fotossintese

                2 – queda de folhas para os rios (CPOM) – sofre lixiviação - perda de componentes solúveis que estão nas folhas e vão para a àgua, temos matéria orgânica dissolvida (trituradores)

                3 – origina FPOM (raspadores e colectores)

 

 

Fluxo de energia num ecossistema de rio

 

A matéria orgânica que cai no rio pode ser:

                               - Depositada

                               - Transportada

                               - Consumida/degradada

A matéria orgânica é aproveitada pelos organismos heterotróficos que serve de fonte de carbono:

                                - Directa – consomem directamente a folha, ex.: colectores

                                - Indirecta – ao respirar vão perdendo matéria orgânica e energia, ex.: peixes 

 

     

Ciclo de nutrientes

 

Consoante o tipo de curso de água, a velocidade da corrente, e a estrutura das correntes a capacidade de retenção, reciclagem e transporte dos nutrientes vai variar.

          *Quanto mais partículas retidas a montante, maior a capacidade de retenção

          *Quanto mais longe as partículas forem transportadas menor é a capacidade de retenção do rio.

          *Uma parte dos nutrientes é aproveitada pelos organismos – Retida, desta, parte é transformadaReciclagem, e o resto é transportado rio abaixo.

          *A maior ou menor capacidade de retenção dos nutrientes depende do tipo e do nº de organismos:                                         

                                           Mais organismos – maior retenção de nutrientes                                        

                                           Mais organismos – maior reciclagem de nutrientes                                         

                                           Menos organismos – mais transporte de nutrientes

          *Os obstáculos e a corrente do rio também são responsáveis pela maior ou menos retenção. A maior parte dos rios e ribeiros têm uma grande dependência do meio terrestre, da vegetação ribeirinha e/ou da população ribeirinha.  

 

 

Relações Tróficas

 

 

1 - Quando a folha cai no rio sofre lixiviação (“leaching”)

2 - A folha perde compostos solúveis – fica mais leve, e perde compostos que a protegem (polifenóis…) e fica mais susceptível aos microrganismos (bactérias e fungos)

3 - Produzem enzima extracelulares hidrolíticas que vão catalisar a degradação dos polímeros (celulose…) das paredes das folhas.

4 - As folhas ficam ricas em proteínas – azoto e fósforo, ficando mais fáceis de serem utilizadas como fonte de energia e carbono.

5 - As folhas ficam mais “agradáveis” para serem consumidas pelos trituradores – como resultado da trituração vão ser produzidos FPOM.